Brasil: Técnica apoiada pela Aiea faz sucesso no combate à mosca da fruta
Entrevistado em Viena, o entomólogo Rui Cardoso Pereira, da seção de controlo de pragas da Aiea, aborda o impacto da mosca nos países exportadores da fruta. "Quando exportam frutos para outros países, têm que atender às exigências dos importadores. Um dos aspectos muito importantes é que, dentro das pragas, as moscas da fruta são as mais importantes porque podem ser transportadas muito facilmente no estado larvário de um país para os outros. Então, os importadores tomam as medidas de precaução para que essas pragas não sejam introduzidas nos seus países."
INSETO ESTÉRIL
Rui Cardoso Pereira falou da experiência de aplicação da chamada Técnica do Inseto Estéril, que resultou no fluxo de especialistas para a região brasileira do pólo produtor de frutas em Petrolina/Juazeiro, na região Nordeste, que produz 92% da manga do país.
"Isso é feito não só com recurso a tratamentos químicos, como se fazia no passado, mas à aplicação da técnica do inseto estéril que se resume a criar a mosca do mediterrâneo em laboratório, esterilizar os machos, e soltar a largada dos machos no campo. Esses machos causam o que chamamos um controle de natalidade da praga. Os ovos que a fêmea produz após ter acasalado com o macho estéril não são viáveis e com isso há uma redução gradual da praga sem a utilização de insecticidas", contou.
Fonte: Agrosoft