Brasil: Pesquisador avalia presença da mosca-da-fruta na fruticultura do
O autor da pesquisa, dr. David dos Santos Martins, diz que o objetivo da identificação dessas pragas auxilia no desenvolvimento da produção de diversas variedades de frutas no Estado, funcionando como um incremento para o programa estadual de fruticultura e do desenvolvimento dos polos de frutas nas regiões capixabas.
O pesquisador acrescenta que os Estados Unidos, por exemplo, temem levar a praga para o país, mas o mamão em estágio de comercialização possui defesa natural contra essas pragas. “O mamão comercializado não está em um estágio maduro, ou seja, o fruto possui defesas naturais, num período de um mês, impedindo a infestação do inseto. Nesta fase inicial da doença é possível perceber o começo dos sintomas. Por isso, é importante que o produtor, durante a supervisão da lavoura, que ocorre no mínimo uma vez por semana, consiga perceber o período de segurança que mantém o estágio de comercialização, constatando a doença para realizar a erradicação da planta antes de prejudicar a sua resistência do fruto e da proliferação do vírus”, explica.
Esta praga é a principal causa das perdas na produção de frutas, aumentando o custo de produção para os produtores rurais em todo o mundo. As espécies de moscas-da-fruta foram pesquisadas, ao longo de 17 anos, em 74 dos 78 municípios do Espírito Santo, onde foram constatadas 41 espécies, sendo o estado com maior diversidade de moscas-das-frutas identificadas, à frente de São Paulo com 35 espécies do inseto, que é o segundo na lista.
A pesquisa mostra a praga na produção de goiaba, laranja, pêssego, tangerina, pitanga, caju, manga, acerola, jabuticaba, maracujá, caju, seriguela, carambola, mamão, entre outras frutas produzidas no Brasil. As moscas-da-fruta interferem no desenvolvimento dos frutos. “Depois deste estudo será possível a implantação de um polo de frutas em determinada região do Estado, apontado a viabilidade de acordo com a infestação de moscas em cada município, prevendo futuros problemas com esse grupo de pragas, dando um suporte na redução de perdas na produção.”, explica o pesquisador do Incaper.
Fonte: campovivo